Simão Pessoa
O pássaro metálico ilumina
o grande pórtico
em que circunavegam poetas absurdos
na elétrica comunhão irrevelada
Gestos guardando segredos
tristeza
cinzelando
transitiva
os rumores adivinhados por presságio
Nenhum pássaro alçando vôo novamente
nenhum centauro perseguindo
o impossível:
Apenas náufragos
inflamados pelo ócio
quebrando a vida e seus cacos reluzentes
na transparência do sorriso estagnado