Ivana Botelho
Quantas vezes teremos
Que ficar assim:
Distanciados,
Solitários,
Tristes,
A despeito de nossas almas
Estarem
Unidas,
Entrelaçadas?
Quantas vezes teremos de
Nos acariciar com o olhar,
Por efeito de nossas mãos,
Nossos corpos
Estarem,
Momentaneamente,
Proibidos de se tocarem uníssonos?
Serão inúmeras as vezes
Que nossas bocas sôfregas
Terão que calar,
A fim de não revelarem o
Incomensurável amor
A emanar dos nossos corações.
Não importa, alma afim,
Se nossos olhos dizem tudo,
Unidas em pensamento
Saibamos esperar.