Andreia Gondim
O corpo é o instrumento da alma,
Ela sorri, corre, foge, cria expectativas,
Mas nunca se acalma,
Diante das sensações e tentativas.
O corpo sente frio e se esquenta,
Sente arrepios e não se aguenta,
Cresce, sente, tenta,
Quando perde não se lamenta.
A alma busca suas verdades,
E o corpo busca suas vaidades,
A alma ama,
E de saudades reclama.
A alma quer se enroscar,
Quer gritar,
Quer chorar,
Usando o corpo para falar.
A alma usa as pernas para correr,
Os olhos para entender,
A boca para dizer,
E o coração para fugir.
A alma nunca se acalma,
Não deixa para lá,
A alma nunca mente,
A tristeza que o corpo já não sente.
A alma a todo momento,
Algo está querendo,
Chamando de sentimento,
O que está dizendo.
A alma usa o corpo para mudar o mundo,
Vive tudo num segundo,
Mas seu instrumento com ela está
Para o que tiver que ser será.