Amigos do Fingidor

quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

O salto

Moacir Andrade
À memória de João Crisóstomo



Sob o céu calmo à luz do ocaso,
a flor se abre.
Pura transparência
dentre pétalas de ouro e prata,
líquidas estrelas.
Surge o peixe – esguio – gracioso salto,
sob o brumoso sol de brilho flutuando.
De volta ao rio,
o nauta num mergulho eriça a água
de véus e suaves
círculos concêntricos,
e reintegra-se às sombras abissais.