Majela Colares
Fazer poemas é soldar palavras,
fundir o signo – literal sentido –
do verbo frio, transformado em chama,
aceso verso, pensado e medido
sob a moldura da expressão intensa
fingem palavras um som mais fingido
além, no ocaso, da sintaxe extrema,
fuga do verbo não mais definido.
Criado o texto, com idéia e tinta,
forma e figura na linguagem extinta,
quebrando regras de comuns fonemas.
A idéia é fogo. Fogo... o verbo aquece.
A tinta é solda que remenda e tece
versos, metáforas... por fim, poemas.