Quatro haicais
Matsuo Bashô (1644-1694)
Quatro horas soaram.
Levantei-me nove vezes
para ver a lua.
Fecho a minha porta.
Silencioso vou deitar-me.
Prazer de estar só...
A cigarra... Ouvi:
nada revela em seu canto
que ela vai morrer.
Quimonos secando
ao sol. Oh aquela manguinha
da criança morta!
(Trad. Manuel Bandeira)