Roberto Alencar
Carrega a existência o vento amarelo
e a lua branca morde nossas orelhas nos muros
os elevadores sombrios e falsos como uma balança
esmagam os livros antigos em busca do inefável leitor
a cor
qual será
da moça assassinada solidão
transforma o mercado em festa de símbolos
com fúrias secretas batem os homens duros
como computadores falam os matemáticos
ainda que escrevam com carinho aos amigos