Amigos do Fingidor

quinta-feira, 7 de janeiro de 2010

O espelho e o tempo

Maria Luiza Damasceno
Para Zemaria Pinto


O tempo teria me enrijecido
se não me tornasse vulnerável.
Ainda assim, mesmo diante do espelho,
não caio na armadilha
que o tempo me pregou.
Olho e vejo a espada
(poderia ser lança, poderia...)

No lugar de teus cabelos brancos,
uma expressão de loucura.
Nas marcas de expressão,
tortura.

Sim, eu me gosto agora.
Antes, consumida.
Hoje assumida/mente,
ainda procuro inventar
um mundo melhor,
presente.