Jacob Ohana
Teu viço é o mito, o arco, a guerra, a flecha,
que entre as pedras do rio te regenera
no cheiro do cardume ao teu encontro.
Lenda de fósseis por tragado encanto,
que o fruto, a folha e a flor ocultam
na pele ao mel
que o âmbar hostiliza.
Seiva de luas cheias, as veias
tecem terços de raízes
na crina dada ao vento e à selva
que habita a virgindade do teu pólen.