Alano de Freitas
Luar sintético
no bosque reluz
jovem batom. Lírico tom.
Lua prata luze
e acende a beleza
do lago à noite.
Verdade que não há Lua
que resista ao belo
de uma mulher nua.
A Lua não tem drama,
nem lírica. Branco encanto,
ao poeta clama.
Luz e Lua dão luar
sapo e trovão chuvarada
– grão vai florar.
Luar abre a boca
do charco que cospe
na pedra o sapo.
Por quase oito dias
a Noite em comilança
põe a Lua na pança.
Nesga de Lua.
Após oito noites
clareia a rua.
Beleza mesmo é a da Lua...
Bela do ermo
e da cela nua.
Sons de violino
trazem ao céu
disco de prata.