Amigos do Fingidor

sexta-feira, 24 de julho de 2009

10 haicais com lua

Alano de Freitas


Luar sintético
no bosque reluz
jovem batom. Lírico tom.


Lua prata luze
e acende a beleza
do lago à noite.


Verdade que não há Lua
que resista ao belo
de uma mulher nua.


A Lua não tem drama,
nem lírica. Branco encanto,
ao poeta clama.


Luz e Lua dão luar
sapo e trovão chuvarada
– grão vai florar.


Luar abre a boca
do charco que cospe
na pedra o sapo.


Por quase oito dias
a Noite em comilança
põe a Lua na pança.


Nesga de Lua.
Após oito noites
clareia a rua.


Beleza mesmo é a da Lua...
Bela do ermo
e da cela nua.


Sons de violino
trazem ao céu
disco de prata.