Amigos do Fingidor

sexta-feira, 17 de setembro de 2010

No escuro. No silêncio.

João Maimona




dobrei os arcos de papel
debaixo
do tecido de areia.

no escuro, no silêncio
por habitar
venci as lágrimas.

nas estrelas ou nas cortinas
ou nos plátanos
mastiguei os sonhos.

e vi os sonhos
se diluírem entre as árvores
no rosto do asfalto esquecido.

no escuro, no silêncio.