Amigos do Fingidor

quinta-feira, 8 de abril de 2010

Sina de Porto

Celdo Braga




Meu chão pisado de sonhos
calejou no mesmo canto.
Seco de vida, meu pranto
é espera demorada.

Canoa calafetada
com o barro do meu destino,
não venceu a correnteza
dos rios que desafiei.

Sujeito à sina de porto,
vou esgotando a canoa
– olhos d’água borbulhantes
que um dia calafetei.