Dedé Rodrigues
Paira
nas retinas já cansadas
bela dança de fossados
e de amantes suicidas
esquecidos além-mar...
Lutam
na memória enfurecida
reis cruzados e templários
velhos mundos
outros sonhos...
minha parte do espólio!
Vago
como a musa enclausurada
nos despojos de Jerusalém
a mim me cabe
o consolo da rotina:
– remover as pedras
e desenterrar meus mortos!