Amigos do Fingidor

terça-feira, 8 de dezembro de 2009

Coronelismo virtual

Fátima Guedes
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Da guarita virtual
A imagem viaja no tempo e no espaço.
Liga, desliga, religa
E fala, e fala, e fala
A fala que silencia
A sede de falar.

Eu, de mim
Calada, calada... só pensamentos
Cidadã de proveta?...
Eunucopata?!...
A mordaça adocicada e colorida
Adoça os sonhos
Cromatiza a retina
Acomoda e sossega a reflexão...

A matéria atravessa a distância distante
E arremessa sobre o pálido silêncio
A perpétua solidão.
Sufocante!...

A espinha atravessa a passagem
Drummond não pode mover a pedra
Vomitante!...

O engodo sobe e desce
desce e sobe...
Quem sabe
“um galo” ouve meu grito calado
lança o grito a outro galo
“tecendo a manhã” além do caos?...