Sete de Setembro
Félix Xavier da Cunha (1833-1865)
Silêncio!... não turbeis na paz da morte
Os manes que o Brasil quase esquecia!...
É tarde!... eis que espedaça a lousa fria
De um vulto venerando o braço forte!
Surgiu!... a majestade traz no porte,
Onde o astro da glória se irradia...
Vem, grande Andrada, advinhaste o dia,
Vem juntar ao da pátria o teu transporte!
Recua?! não se apressa em vir saudá-la,
Cobre a fronte brilhante de heroísmo,
E soluça!... que tem?... Ei-lo que fala:
“Ó pátria que eu salvei do despotismo!
Lá vejo a corrupção que te avassala,
Não te conheço!...” E se afundou no abismo!