Moacir Andrade
Nesta fachada de pedra,
nestas varandas de ferro,
de fogo e formas de amor,
nestes frontões esculpidos,
feitos de herança e memória,
nestes vidros coloridos,
arco-íris de mistérios
de muitas tardes de sol.
Dos arcos destas janelas,
nos desenhos, monogramas,
nas datas de antigas eras,
renascem velhas histórias
no fundo d’alma escondidas,
incrustadas transparências
como se fossem mensagens
em cromos de olhar crispados.