Celdo Braga
Velha panela de barro,
tisnada à lenha do tempo
– memorial de lembranças
à toa lá no quintal.
Ao refletir tua sina,
do duro retorno ao pó,
percebo que se aproxima
meu tempo de ficar só.
Tempo de ninar silêncio,
de domar a luz do dia
– pra cavalgar o escuro
da hora da travessia.