Amigos do Fingidor

quarta-feira, 25 de agosto de 2010

vereda de pássaros

(para Carol, Paloma e Amanda – pássaros)


paisagem de luz e harmonia
de sonho e éter construída
assombro da dor, fantasia
paixão, muito mais que amor: vida

um viajante de alva plumagem
vai deslizando no azul
e na seda infinita do espaço
melodias, notas raras
explodem num canto de amor
revelando a rota da viagem:
       uma chegada sem ida
       um adeus sem despedida
       sorrisos pra quem se vai
       canções, gorjeios, sinais

araras e jaburus
juritis e japiins
patativas, bem-te-vis
rouxinóis e jacamins
bacuraus, uirapurus
inhambus e colibris
palomas brancas, morenas
amandas e carolinas

cantos de dor, de alegria
quadros de encanto e magia
o poema revela o mito:
       a procura do destino
       é feito o vôo dos pássaros
       – o caminho é o infinito...