Amigos do Fingidor

quarta-feira, 15 de abril de 2009

romança

2° movimento (noturno)
Zemaria Pinto

havia o vento que desvendava
suavemente a pele morena
nave noturna
suavemente

havia a água que transbordava
alucinante a dourada fúria
colo de espuma
alucinante

havia a terra que aconchegava
dilacerante a fértil ravina
vale sagrado
dilacerante

e havia o fogo que iluminava
serenamente o fugaz momento
gozo profundo
serenamente