Amigos do Fingidor

terça-feira, 14 de abril de 2009

Purificação

Gracinete Felinto

A voz se cala
e no silêncio
busco na alma
o pouso do pássaro branco.

O espelho de tecidos
vivos
preso nesse labirinto
expõe meus desejos e angústias
que vorazes pela fuga
tecem uma luta constante

As cortinas do passado
abrem-se
e a projeção da consciência
eleva-se
numa análise breve
dos atos infundados

Os olhos refletem direção
os passos seguem retilíneos
e o corpo recebe a leveza
das asas fechadas desse pássaro.