Amigos do Fingidor

terça-feira, 28 de abril de 2009

A poesia

João Alves

A poesia vem de onde não há palavra.
– onde nada é eloquente.
Onde é o silêncio quem fala
e as frases não são para quem ouve e sim para quem sente.

Lugar que todos possuem, contudo poucos o sabem.
– porém jamais se disse que inexistente.

Onde tudo muda e persiste.
E que, desigual a nós, não é submisso ao tempo.
Onde tudo existe e inexiste
Para ser de novo como outrora, intenso.

A poesia está cá e é o que me vive...
– A poesia vem de dentro.