Amigos do Fingidor

quinta-feira, 30 de abril de 2009

Aldebarã

Heloisa Cardoso

Lá em Aldebarã
o banho é de igarapé,
Iara vem me pentear
e o Boto me contar estórias...

Lá o que não tem é balança;
Glicose e Colesterol
são nomes dos cachorrinhos
que brincam pelo quintal.
O peixe cheira na grelha
e a pimenta no prato
a rede é uma nuvem branca
no céu de Aldebarã.

Lá eu leio a Odisséia
e faço crochê tão bonito
como fazia minha mãe.
Lá, sofrer do coração,
só com lágrimas de amor
quando navego o Poeta.

Por isso humildemente
peço licença ao Manuel
e digo aos meus amigos:
me levem pra Aldebarã!