Amigos do Fingidor

sábado, 20 de novembro de 2010

Poesia em tradução

Meu Cavaleiro
José Martí (1853-1895)




De manhã cedo
meu pequerrucho
me despertava
com um grande beijo.

Logo montado
sobre meu peito
freios forjava
com meus cabelos.

Ébrios de gozo
tanto eu como ele
me esporeava
meu cavaleiro:

que suave espora
seus dois pés frescos!

E como ria
meu cavaleiro!

Como eu beijava
seus pés pequenos
dois pés que cabem
juntos num beijo!


(Trad. Henriqueta Lisboa)